Suas mãos estavam frias, as suas entranhas dando voltas e mais voltas por trás da sua pele e suas pernas a traíam com o tremor que mostrava seu nervosismo. Seus olhos vasculhavam o ambiente e sentia que outros olhos a olhavam sentada naquela cadeira, com a expressão fechada e a boca seca.
À medida que tudo foi criando forma e as palavras foram fluindo, ela pode ver olhos inexpressivos, olhos curiosos, olhos pensativos, olhos viajantes e olhos sorrindo ao sabor de cada palavra. O chapéu fora tirado, o casaco desceu como brisa e libertou todas as segundas intenções que existiam dentro daquela criatura cheia de segredos.
Da mesma forma voltou a ser matuto para tentar convencê-lo da verdade e advertir dos perigos de se comer quieto. Foi saudosista, do fundo ao inicio do poço voltou, quis deixar o coração falar para poder sentir os batimentos dentro da caixa e encontrou o que há muito havia deixando para trás.
No fim, sentiu o choque de várias mãos, uma contra a outra, transformando esse ato em sorriso para os seus lábios, dando-lhe um pouco de orgulho daquilo tudo que viveu e quis mostrar. Assim, o ser repetiu a dose várias vezes e foi dormir cansado.
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