quarta-feira, abril 28

Espelho


Às vezes quando me olho no espelho, ou simplesmente observo o céu através da janela, minha mente viaja, ideias surgem a todo o momento e desaparecem como fumaça, as lembranças tomam conta e trazem sentimentos guardados na incoerência, que faz surgir lágrimas e risos. Até o vento frio me envolve da raiz à ponta dos pés, numa mescla de desejo e abandono.
Isso me leva a imaginar mais e ao mesmo tempo em que penso sobre rosas, chego à conclusão que existem espinhos, que são difíceis de evitar ou tirar da palma da mão. Mas não esqueço de suas cores vibrantes ou não, que sempre trazem algum significado.
Significados que tento encontrar nos sonhos, para justificar a inocência do meu ser, a cada dia em transformação. As dúvidas crescem, a mente fervilha, os hormônios atiçam e a falsa razão faz-nos crer sermos sua dona! Porém, com o tempo e sem vergonha, vamos despindo as máscaras e a metamorfose entra em seu ciclo lento, mas gradativo, até o fim dos tempos.
De repente, os sons se tornam existentes, tudo sai do preto e branco e se torna fixo. Vejo meu reflexo ,observo o céu negro e sem estrelas, sinto as pálpebras pesarem e resolvo dormir, um sono pesado e sem sonhos conscientes.

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