segunda-feira, maio 16

Confissões

Hoje eu procuro por alguém que coloque a minha vida em ordem, porque sozinha - by myself - não é possível!

     Esse é um dos momentos que se percebe que ter a liberdade não é tudo. Parece conversa batida, assunto para outra noite, não segunda feira; no entanto, não existe o momento certo para falar sobre essas coisas, que simplesmente, em um belo fim de tarde acontecem, bate o desespero e você não sabe o que fazer com ele.
     Naquele momento do dia em que não é dia, nem é noite, você se pergunta como fazer tudo voltar ao lugar.
     É certo que o processo de aprendizagem de viver sozinha está apenas começando, pois você chega em casa para o almoço e não tem nada pronto, quando nos tempos de ensino médio, e você precisa comer, ou seja, “aprenda a cozinhar em cinco minutos, para não sentir fome” – não ficará gostoso, como a comida de casa, mas isso é para os fracos!
     Agora a cidade é grande e você não precisa só das pernas, mas do transporte público – que resolve criar os próprios horários – tem que acostumar com os horários que não são de cinco minutos e “chega-se lá!” mas de algumas horas de antecedência para cumprir tudo evitando atrasos. A cidade é perigosa, por isso, não ande na rua sozinha após certo horário, pois é perigoso, tenha sempre um guarda-costas, ou carona disponível, ou dinheiro para o táxi.
     As responsabilidades são totalmente suas, mantenha os estudos em dia, não se perca com a sessão da tarde, ou o sono dos justos após o terrível almoço, você precisa de dinheiro sobrando para pagar as contas de luz, condomínio, comida, ônibus e um pouco de diversão para não se perder contando quantos buracos existem na tela de proteção da sua janela. Mas cuidado meu bem, pois a cidade é cara, você é menor de idade e não tem licença para tentar conquistá-la com toda a sua ingenuidade.
     Contudo, é muito bom saber que não estou nessa sozinha. Zilhões de adolescentes passam por isso e gostam, assim como tenho gostado, porque não estou com vontade de voltar a viver com quem cuidava de mim, apesar da saudade, só quero aprender a me organizar. E aqui, ao meu lado, três pequenas grandes moças (não resisti!) dividem comigo as tarefas domésticas, as compras da semana, os finais de semana ociosos e os papos furados na cozinha e quartos, com belas risadas, desesperos universitários ou comentários banais desse dia-a-dia cansativo.
     E no meio disso tudo, coisas que não estavam nos seus planos de uma vida selvagem, desregrada, de descobertas e quase corrompida pela insanidade, acontecem. O que fazer com elas? Nada querida, apenas vá! Siga o que Dindinha disse a você: “Vá ser feliz!” – Sábias palavras, proferidas com tanto amor e alguma lágrima no canto dos olhos.

7 comentários:

  1. Marina,
    Muito bom! Eu também tenho uma Dindinha que me manda ser feliz, estou pensando seriamente em obedecê-la...

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  2. Grande Marina,
    Agradeço tua presença e sua companhia.
    É um prazer ter pessoas diferentes em tudo,mas que buscam uma só coisa ser feliz nessa vida de aprendiz.
    Sou feliz com tua presença é um prazer,ver teu sorriso.

    Prosperidade,Sucesso e muita Luz sempre.
    Beijo no coração.
    Alessandro

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  3. Olá!
    Visitei seu Blog, gostei muito do conteúdo e estou te seguindo.
    Parabéns! Ótimo trabalho...
    Estou te convidando para conhecer o meu também e me siga!
    http://photoingridmuller.blogspot.com/
    Abraços.

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  4. Grande Marina,
    Com esse sorrisão lindo e linda como é,acredite que é só um prazer passar por aqui,mesmo só para ver teu sorriso e todos seus pensamentos.

    Obrigado pelo comentário e pela tua presença tão gostosa de compartilhar.

    Beijão no coração.
    Alessandro

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  5. Adorei o texto. O "sono do justos" é a pérola. Necessária aprendizagem essa de garantir-se per si. Rodrigo Amarante sintetizou o sentimento numa frase: "Sair de casa já a é se aventurar."

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  6. É, em muitas partes me vi no seu texto... Grande Marina! Parabéns. Vamos ser felizes.

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  7. Nossa querida Marininha... cresceu e está crescendo em meio ao caos da "cidade grande" - mas ainda sim, nossa eterna Marininha! - grande etapa de aprendizado. Mas como uma brava guerreira do século XXI você sobreviverá e com certeza está seguindo a risca o conselho da sua Dindinha. Afinal o momento de ser feliz é agora! (e também de tirar o melhor proveito de todas essas situações cotidianas). Avante com o olhar ao horizonte, querida amiga, o seu futuro já começou!

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